quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Algumas considerações importantes

1. Um fator importante são as representações sociais da infância que continuam marcando o imaginário social, o senso comum e a opinião pública.

2. No entanto, igual relevância têm o contraste entre os discursos sobre participação e o contexto concreto e cotidiano de estruturas políticas e sociais, que não somente não a favorecem como também a desvirtuam. Em nossos países, as democracias constitucionais não assumem como tarefa central começar a construir a democracia das relações sociais em todos os níveis.

3. De um modo geral, os poderes somente toleram formas de participação decorativa, passiva, sem iniciativa própria, e que não afetem interesses, instituições nem estruturas do poder estabelecido.

4. A multiculturalidade se torna um fator crítico à ordem dominante no plano político e na ocupação social e cultural.Toda tentativa de nivelação ou padronização não somente fere um recurso de riquezas nacionais como também homogeneíza e empobrece a contribuição da participação própria dos agentes.

5. De um modo geral, a relação adulto-criança reproduz de forma simbólica e concreta a hierarquização das sociedades autoritárias, compulsivas e piramidais, fenômeno que se expressa no âmbito familiar, escolar, comunitário etc.

extraído do livro Participação das Crianças e Adolescentes como Protagonistas, produzido pela Save the Children Suécia

Um comentário:

Lucila disse...

Não aprendemos desde criança a exercer a democracia por causa da "cultura" de que criança não fala só obedece ao mais velho. E a participação infantil com suas opiniões para o presente e futuro em todas as camadas da sociedade não ocorrem diretamente na vida politica do nosso país, por exemplo.